Nos arquivos do
Museu Municipal de Sapiranga, encontramos duas citações quanto à origem
da denominação que nossa cidade recebeu: "Sapiranga - Cidade das Rosas".
A
primeira referência aparece numa pesquisa feita pelo repórter Caubi
Silva. Na Biblioteca Municipal e outras fontes, quando verificou que a
idéia partiu do professor e jornalista Moniz Pacheco, comprovada por um
artigo de sua autoria, na edição nº 139, de24/12/60, de "O
Ferrabraz",cujo teor é o seguinte: "Sapiranga também tem motivos
encantadores para constituir o seu brasão e nós indicamos aqui aspectos
marcantes da evolução histórica, econômica e social de nossa cidade".
Nosso emblema seria dividido em quatro partes, apresentando os seguintes
símbolos: perfil do Morro Ferrabraz, indicativo de sua localização;
figura do agricultor com a tradicional enxada, representando a sua
primeira fonte de riqueza; chaminé, característica do seu atual
desenvolvimento industrial e finalmente, um ramo de rosinhas dos
canteiros da cidade.
Como Legenda, chamaríamos
Sapiranga a "Cidade das Rosas", rosas que embelezam os canteiros das
ruas e os jardins da cidade; rosas que simbolizam o espiritualismo e o
sentimento estético dos sapiranguenses; rosas que transformam em festa
perene toda a cidade, acenando, com o seu perfume e na policromia das
suas pétalas como um gesto carinhoso e hospitaleiro para o visitante.
Fica aí a sugestão. Com votos de que saibamos aproveitar o que temos de mais preciosos, de mais enternecedor. ("M.P.)"
A
segunda, e a mais divulgada, é aquela que atribui a Osvaldo Goidanich
(primeiro Diretor do Serviço Estadual de Turismo do Estado), que em
1964, quando em visita à nossa cidade, surpreendeu-se com grande número
de rosas que eram cultivadas pelas famílias sapiranguenses e sugeriu que
Sapiranga fosse chamada de "Cidade das Rosas"
Neste
mesmo ano, a administração, liderada pelo prefeito Oscar Balduíno
Petry, aceitando a sugestão, iniciou o cultivo de rosas através de
vários viveiros. Foram feitos canteiros nas vias públicas, criando
praças exclusivas para rosas. Neste período, o Lions realizou palestras
em escolas e entidades da comunidade, solicitando a colaboração da
população para o devido cuidado das rosas.
A
Festa das Rosas foi oficializada pela Lei Municipal de 04/11/64,
passando a ser realizada no terceiro domingo de novembro nos anos
ímpares.
Na primeira edição da festa não houve escolha da
rainha, somente no ano de posterior onde o critério era a venda de
votos, cuja soma total era revelada durante o baile. Nos concursos
seguintes , a escolha da rainha e suas princesas foi feitas por um corpo
de jurados.
A festa contava ainda com
atividades como o concurso de jardins e buquês, desfile de carros
alegóricos, exposição industrial no Palácio de Esportes com os
principais produtos e indústrias do município, apresentação de corais,
bandas marciais, desfiles de escolas, atividades esportivas, corrida de
bicicleta, gincanas e shows artísticos variados. Inicialmente, a festa
foi realizada anualmente. A partir de 1970, passou a acontecer de dois
em dois anos. O local do baile era o Clube 19 de Julho e o da exposição
era o Palácio de Esportes. Mais tarde a festa ocorreu ao ar livre, no
Parque do Imigrante. Entre os aspectos que se fizeram presentes, podemos
destacar em todos os eventos a confiança, a colaboração da comunidade,
que não medem esforços para a realização da festa.
Até 1986, a Festa das Rosas realizou-se regularmente. A partir desse ano, tivemos 11 anos sem a realização da mesma.
Em
1997, resgatando valores da nossa comunidade, a Festa das Rosas voltou a
acontecer no Parque Municipal do Imigrante, que contou com uma ampla
rede gastronômica, apresentações artísticas, exposição industrial,
cultural e esportiva.