Atraídos por falsas promessas do Império brasileiro, os alemães
criaram, à sua maneira, um ambiente propício para se desenvolverem
no país.
A história da imigração alemã para o Brasil começou
em 1822, quando o major Jorge Antonio Schaffer foi enviado por Dom Pedro I para
a corte de Viena e demais cortes alemãs com o objetivo de angariar colonos.
Outro motivo era conseguir soldados para o Corpo de Estrangeiros, situado no
Rio de Janeiro. “Ao proclamar a independência do Brasil, Dom Pedro
deparou com o seguinte problema: a falta de defesa da capital, o Rio de Janeiro,
já que Portugal tinha levado embora todos os soldados”, conta o
historiador Telmo Lauro Müller, diretor do Museu da Imigração,
em São Leopoldo, e um dos grandes conhecedores da história da
imigração alemã para o Brasil.

Dom Pedro preocupava-se em povoar o Rio Grande do Sul com pessoas que soubessem
trabalhar na terra.
Em seus primeiros anos de trabalho, Schaffer convocou principalmente soldados e alguns colonos; mas, à medida que o Império brasileiro foi estabilizando-se, passou, efetivamente, a se preocupar em trazer mais colonos. Para isso, anunciava aos interessados que, aqui, eles receberiam 50 hectares de terra, juntamente com vacas, bois e cavalos; auxílio de um franco por pessoa no primeiro ano e de cinqüenta cêntimos no segundo; isenção de impostos e serviços nos primeiros dez anos; liberação do serviço militar; nacionalização imediata; e liberdade de culto.
Em seus primeiros anos de trabalho, Schaffer convocou principalmente soldados e alguns colonos; mas, à medida que o Império brasileiro foi estabilizando-se, passou, efetivamente, a se preocupar em trazer mais colonos. Para isso, anunciava aos interessados que, aqui, eles receberiam 50 hectares de terra, juntamente com vacas, bois e cavalos; auxílio de um franco por pessoa no primeiro ano e de cinqüenta cêntimos no segundo; isenção de impostos e serviços nos primeiros dez anos; liberação do serviço militar; nacionalização imediata; e liberdade de culto.

Das outras promessas, algumas também não foram cumpridas integralmente. Mas o que interessava realmente aos colonos era a posse da terra, e isso, ao menos, eles obtiveram, ainda que à custa de grandes sacrifícios.
“As viagens para o Brasil eram verdadeiras tragédias. Quando eram muito boas, duravam dois meses. Mas muita gente viajou três, quatro meses ou até mais”, conta Müller. O historiador esclarece que os primeiros imigrantes desembarcaram no Rio de Janeiro e foram recebidos pelo casal imperial, já que Leopoldina era uma princesa germânica, filha de Francisco II, último imperador do Sacro-império Romano Germânico, outro motivo para Dom Pedro ir buscar imigrantes naquela região.
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